Sobre Paganismo e Neo-Paganismo

segunda-feira, 4 de junho de 2012

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“O QUE É O PAGANISMO?


Tão abrangente quanto possível, o termo “Paganismo” em si tem diversas definições aceitas. Originado do latim “paganus” (camponês) surgiu como definição pejorativa para o povo rústico do campo que ainda seguia tradições mais ligadas à natureza (antiga religião antes da “cristianização”), em plena teocracia cristã medieval.
Nessa época, qualquer crença ritualística ou astrológica, assim como o conhecimento herbolístico e medicinal, eram vistos como bruxaria, na Europa: crime passível de morte.

Em termos religiosos, qualquer culto não-monoteísta da história, é considerado Pagão. Uma definição menos simplista, porém, é a de que o Paganismo é uma tradição ou culto ligado a natureza, sendo ou não inspirado por divindades que representam as propriedades básicas da própria natureza.”

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E O NEO-PAGANISMO?


“O Neo-Paganismo possui tal prefixo por ser um resgate destas tradições extremamente antigas em sua maioria, e por esse motivo, impossíveis de serem completamente compreendidas em sua originalidade. Os aspectos filosóficos e ritualísticos eram geralmente bastante complexos, e do pouco que chegou a ser escrito, menos ainda sobreviveu ao “Holocausto” Cristão.
Curiosamente, os aspectos principais dos diferentes cultos pagãos da Antiguidade, possuíam uma essência extremamente similar. Mesmo povos tão únicos e distantes entre si, como os Nativo-Americanos e os Celtas, centravam sua espiritualidade na observação da natureza, e a natureza é sempre a mesma em todas as épocas da história e todas as partes do mundo. Estas observações, originavam as tradições e cultos, que direcionavam a vida e os negócios de todos, regidos pelos ciclos das luas, das estações e da própria fertilidade feminina. A explicação de tal valorização e aprendizado dos ciclos naturais, está no motor fundamental das civilizações de então: A agricultura. As heranças dessas culturas que sobrevivem até hoje, ainda impressionam o mundo por sua similaridade e precisão, e são sem dúvida, a principal fonte de inspiração de teóricos conspiracionistas e charlatões pseudo-cientificistas.
Das religiões Neo-Pagãs, as mais conhecidas são a Wicca (popularizada desde a década de 50 por Gerald Gardner) e suas vertentes contemporâneas. Também é amplamente praticado, o Neo-Druidismo (originado no século XVIII), o Xamanismo e o Espiritualismo (trazidos pelos chamados “New Age”, do pós-guerra).”